Jean-Luc Mélenchon sobre agricultura, energia, ecologia
As medidas propostas pelo candidato político Jean-Luc Mélenchon, do partido France Insoumise, sobre os temas ecologia, energia e agricultura para as eleições presidenciais francesas de 2022.
Agricultura:
Precisamos do protecionismo ecológico, tudo o que é produzido em condições inaceitáveis, como os produtos cultivados com glifosato, não entra mais na França. Os camponeses franceses são chamados a produzir em substituição. 50% de nossos suprimentos de frutas e vegetais vêm de fora. Por que produzir milho que é usado para criar vacas em outras partes do mundo? Precisamos de soberania alimentar. A comida é o ponto de partida de todas as sociedades. Devemos desobedecer a todos os regulamentos que exigem que soframos o que nos destrói.
Energia:
Houve os incidentes de Chernobyl, Three Mile Island, Fukushima. O tempo nos mostrou que a energia nuclear é perigosa. Se houver um incidente, centenas de milhares, senão milhões de pessoas terão que ser removidas. Dependemos do urânio que temos que comprar no exterior. Não se trata de desistir, mas de sair da energia nuclear.
Precisamos de todos que trabalham lá. Precisamos de ciência, pesquisa básica para saber como resfriar o lixo radioativo, porque ele está lá por 10.000 anos, por 20.000 anos.
No custo da energia nuclear, nunca calculamos o futuro desmantelamento de usinas, o armazenamento de lixo nuclear. Todos nós sabemos que o risco existe e sair dele seria uma coisa boa. É preciso ciência e recursos.
A questão não se reduz a: uns são para centrais nucleares, outros são para turbinas eólicas. Devemos redistribuir um aparato para a produção de energias inofensivas contra a natureza e contra o futuro. Precisamos sair da energia nuclear. 4 de cada 10 usinas não puderam operar este ano devido a secas e calor extremo. Os perigos que estão contidos, ninguém sabe como controlá-los nesta fase.
Os meios alternativos são a hidroeletricidade, não devemos privatizar as barragens, aumentar seu número. Não precisamos da grande mortalha das usinas nucleares. São 150 bilhões de euros para recarregá-los e aumentá-los de 40 anos de existência para 60 anos. Isso aumenta os perigos. É necessário que haja uma redistribuição geral das turbinas de maré. Antigamente era chamado de moinhos, havia por toda parte na França, havia milhares deles. Existe energia geotérmica.
Acima de tudo, há sobriedade no consumo de energia. Consuma menos energia, menos desperdício. É um grande plano que colocará dezenas de milhares de pessoas de volta ao trabalho.
Não encontramos outra solução a não ser enterrar o lixo nuclear. O que é um risco cada vez maior.
Ecologia:
Precisamos de um tribunal climático. Precisamos de um tratado internacional sobre a não proliferação das energias do carbono. Precisamos do modelo de planejamento ecológico. Não há crescimento sem fim. Devemos caminhar para um modelo mais sóbrio, mais humanitário, com outras formas de operar, outras formas de produzir, outros produtos, outras qualificações profissionais, outros objetivos. Isso precisa ser planejado para que as empresas públicas e privadas possam conhecer seus horizontes.
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